quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Necessidade dum diagnostico "atempado" e depois especializado...o papel do Médico de Família

MÉDICO DE FAMÍLIA


IV Encontro da US de Caldas da Rainha


"A articulação médico de Família é deficiente nas DCA"

Ainda no âmbito da temática das doenças por comportamento alimentar (DCA), a mesa sobre anorexia e bulimia nervosas encerrou os trabalhos da parte da manhã. Os convidados foram uma psiquiatra e um psicólogo, ambos do Núcleo de DCA do Serviço de Psiquiatria do Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Dulce Bouça e Abel Matos descreveram a forma como os doentes são abordados na consulta de DCA que funciona nesta unidade hospitalar - inaugurada em 1989 - e frisaram a grande necessidade de sensibilizar o MF para o diagnóstico destas patologias e de fomentar a sua articulação com o profissional de saúde mental.


"As doenças do comportamento alimentar lidam com a regulação do apetite e esta é uma
questão inerente à prática da Medicina Geral e Familiar". Foi assim que Dulce Bouça,
psiquiatra do Núcleo de DCA a funcionar no Serviço de Psiquiatria do Hospital de Santa
Maria, iniciou a sua intervenção, procurando estabelecer de imediato uma ponte entre
a saúde mental e a Medicina Geral e Familiar neste contexto.
Uma vez que as DCA aparecem prioritariamente nas consultas de pediatria e de MGF, estes profissionais
têm a responsabilidade da primeira abordagem. Como tal, a sua articulação com os psiquiatras "é
fundamental e tem que ser urgentemente melhorada, uma vez que ainda é muito deficiente".
Conduzindo a assistência pelo universo das DCA - nas suas expressões mais conhecidas
como a anorexia e bulimia nervosas - Dulce Bouça explicou que estas doenças integram
uma psicopatologia: "repercutem-se num determinado comportamento e este, por
sua vez, tem repercussões somáticas graves ou até mesmo fatais". Segundo a
psiquiatra, estas não são doenças da moda, como muitas vezes se "apregoa" para procurar
explicar determinados comportamentos que lhes estão associados. "Não é a moda, nem as
imagens das modelos 'escanzeladas' que causam anorexia nervosa porque todos somos
bombardeados por essas imagens e estamos sujeitos a essa 'ditadura', porém, apenas uma
ínfima percentagem (entre 0,5 a 1%) das pessoas que fazem dieta desenvolvem
uma patologia desta natureza", sublinhou a oradora.

*Não desvalorizar...*

A ideia de que a anorexia está relacionada com movimentos culturais, como a moda, pode mesmo ser perigosa, já que "é capaz de conduzir à desvalorização do problema e, consequentemente, ao atraso do seu
diagnóstico", lembrou a médica, acrescentando que por estas serem doenças que atingem maioritariamente
adolescentes e o sexo feminino, existe uma certa tendência para desvalorizar. "Argumentos como 'não
pressione, isso é da idade, vai ver que passa' podem levar, efectivamente a grandes e perigosos atrasos no
diagnóstico de uma DCA", frisou.
Apesar da prevalência das DCA, não quer dizer que uma jovem "com uns quilinhos a mais" não
possa querer fazer dieta. De acordo com a psiquiatra, o combate à obesidade na adolescência
é também importante, porém, "o acompanhamento de um jovem por parte do MF tem que ser completamente diferente do de um adulto, de forma a evitar cair numa DCA", salientou. A este propósito, Dulce Bouça apontou alguns dos sinais que podem levar o MF a suspeitar de um diagnóstico de doença por comportamento alimentar: preocupação excessiva com questões dietéticas, como o número de calorias de cada alimento, e o desconforto e irritabilidade quando questionados ou demasiado confrontados sobre os seus hábitos alimentares.

*Abordagem multidimensional*

Sendo doenças do foro psiquiátrico, as DCA são conhecidas como patologias "nervosas".
Concentrando-se naquela que é a mais frequente das DCA, a anorexia nervosa distingue-
se da anorexia normalmente descrita na medicina, "uma vez que não se trata de falta
de fome, mas de uma luta contra o apetite", explicou Dulce Bouça.
Através da descrição de um caso de anorexia nervosa, em que surgiu a dúvida de se internar uma doente grave no serviço de Medicina ou no serviço de Psiquiatria, a médica salientou a importância de uma abordagem multidimensional no tratamento das DCA.
"Optámos por interná-la em psiquiatria, pois na fase da sua doença, a intervenção psicológica
- fazendo-a aceitar pequenas colheres de comida - era muito mais importante do que qualquer
 tratamento clínico", explicou.
Segundo a oradora, estas doenças "dão muito trabalho a tratar porque exigem uma permanente
negociação com os doentes, em que pequeníssimos aumentos de peso representam enormes avanços psicológicos". Simultaneamente, é necessária a intervenção do MF para a avaliação somática e até para estabelecer uma dieta - "algo que qualquer médico sabe fazer" - articulada com a do psiquiatra e do psicólogo que faz o trabalho mais importante: "tirar-lhes o medo de comer". Dulce Bouça esclareceu, ainda, que as doentes com anorexia nervosa não beneficiam de qualquer terapêutica farmacológica. "Não necessitam de tomar a pílula, uma vez que a menstruação volta assim que se regula o apetite", afirmou, acrescentando que "os psicofármacos também não se aplicam a estes casos".
Para além de uma abordagem multidimensional, foi salientada a importância da multidisciplinaridade nos
cuidados. Aqui, "o papel dos enfermeiros é fundamental, uma vez que estes doentes não dizem as mesmas
coisas a todos os técnicos de saúde", frisou a psiquiatra.

*Desfazer enganos...*

Uma outra face menos visível das DCA é a ingestão compulsiva. O papel do médico de
família ganha uma maior relevância no acompanhamento destes doentes - "pessoas que
vivem, normalmente, em grande sofrimento e têm uma enorme necessidade de serem
ouvidas", descreveu a oradora. Nestes casos, explicou Dulce Bouça, o diagnóstico
precoce é igualmente fundamental e os doentes beneficiam da acção farmacológica
de um medicamento antidepressivo, como a serotonina. No entanto, mais importante
do que a administração de qualquer fármaco, é "procurar desfazer o engano em
que os doentes se encontram", salientou a psiquiatra, explicando que o objectivo das
pessoas com desordem compulsiva é o de se sentirem melhor consigo próprias.
Segundo Abel Matos, o psicólogo convidado, na abordagem clínica destes
doentes está totalmente contra-indicado "ser-se crítico, interpretar, desvalorizar e ser
rápido". Por oposição, deve-se facilitar o acesso à consulta - espaço por excelência de
confidencialidade - bem como "tranquilizar, criar empatia, explicar e ser sincero". Na opinião
do orador, a consulta de DCA a funcionar no serviço de psiquiatria do Hospital de Santa
Maria, está melhor organizada para garantir o cumprimento destes objectivos, quando comparada
com o sistema de cuidados de saúde primários. A terminar, Abel Matos focou o papel que os
grupos de apoio - um tipo de organização muito comum a nível internacional -
pode ter no âmbito das DCA. "As pessoas numa fase mais avançada de
recuperação podem dar um excelente contributo e ajudar aquelas que ainda
estão numa fase inicial e grave da doença", explicou.


Cláudia Brito Marques

obs Raioverde: desculpem mais uma nota pessoal, a titulo de conselho, que nao consigo deixar de dar a quem sofre de dca: por favor nao atrasem o diagnostico ou o tratamento, tentando enganar o médico.. sei que a tentaçao para mentir, ou quando muito, omitir factos ao medico pode ser grande, mas acreditem que só nos prejudica. Eu propria fui vitima desse atraso qdo escondi a "bizarria" que se passava cmg do meu medico de familia anos e anos, mas por vergonha e até total desconhecimento da existencia da doença. O que lhe ia dizer se nem sabia que comportamento tão irracional, era o meu que quase me levava à loucura?. Mas foi nos anos 80, hoje o Medico de Familia tem mt mais informçao como ve vê pelo artigo e é quem deve estar atento aos sinais "disfarçados" da doença, pois nem sempre o doente vai contar, porque é um "segredo" mt dificil de deixar de ser só nosso. Mas, no meu caso, já qdo entregue à minha psiquiatra nunca mais omiti factos, se houve omissoes inconscientes, a nivel de emoçoes/sentimentos isso nao sei (mas como boa psiquiatra que era claro que ela percebia o que se passava no meu "eu" mais intimo), mas a nivel de factos da doença nunca deixei de lhe contar fosse o que fosse, e acreditem que me custava imenso pensar que a decepcionava, desiludia a pessoa que mais acreditava em mim, talvez a unica, quando eu propria ha mt ja tinha desistido de mim. Mas, como ela dizia e bem, quem se decepcionava era eu comigo mesma. Mas acreditem que mais decepcionada ficaria se mentisse à unica pessoa que nao desistia de mim. E acho que quase todas nós temos esse sentimento de "lealdade" nas Amizades (porque no fundo estabelece-se uma relaçao de Amizade, só que diferente das "normais" entre psiquiatra e doente e que julgo ser mt importante na terapia- ja a drª Dulce o disse numa entrevista que aqui colei no blog) e nem que seja para fazer valer esse valor, por favor nao OMITAM NADA! e mais, façam tudo o que puderem para entregar as redeas da luta contra a doença a essa Pessoa, Medica e até Amiga, conhecedora de todos os nossos truques da doença (acaba por descobrir na mesma o que omitimos, só atrasamos o tratamento se o fizermos), mas tb a unica conhecedora das "armas" que nos poderão levar a (sempre com a medica ou equipa - nao estamos sozinhas), perder o medo de comer e começar a acreditar que COMER NÃO ENGORDA, só nos devolve o "peso ideal", que significa apenas sermos magras mas saudaveis.
bjs.. e desculpem a formataçao do texto, mas por mais que tente nao consigo corrigi-la.

9 comentários:

  1. Como posso com a dr Dulce bouça?

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  2. ups. queria dizer como posso falar com a dr dulce bouça

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  3. não sei se fica bem dar aqui os dados, mas para quem está aflito sei que vale a pena correr este risco. Tem consultorio, entre outros (acho que ja nao está no Sta Maria infelizmente, mas continua a seguir de outra forma as doentes de lá), na Av Antonio Augusto de Aguiar, nº 100, 3º dto e o tel é 217959169.
    bjs

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  4. Olá,
    O meu nome é Carla e sofro de Anorexia Nervosa.
    Se me perguntarem quando começou a doença ou qual a sua causa, não sei responder. Apenas sei que praticava muito desporto e fui lentamente deixando de comer. No entanto, achava eu, que tinha o domínio completo sobre o meu corpo, estava redondamente enganada, a anorexia já tinha tomado conta de mim e eu tornei-me incapaz de retroceder o processo.
    Comecei a ter vergonha de mim, as minhas pernas pareciam dois pauzinhos muito fininhos, os ossos da coluna estavam todos salientes, a minha cara parecia desfigurada de tão magricelas que estava, tenho 1,68m e pesava 38 kgs (vestida). Comecei a não conseguir olhar-me ao espelho e aí sim tomei consciência que precisava de ajuda. Tive a sorte de ter pessoas que me adoram e me têm ajudado ao longo deste processo (namorado, sogra, cunhada, pais e madrinha). Comecei a frequentar as consultas da Dra. Dulce Bouça (especialista neste tipo de doenças) que me fez ver que estava num ponto em que a qualquer momento podia ter uma paragem cardíaca ou falência de órgãos, o meu organismo estava muito debilitado e eu tinha que ter muita força de vontade para sair daquele fosso onde me encontrava. Actualmente já tenho 41 kgs, mas o objectivo é chegar aos 53 kgs para voltar a ser saudável novamente. Ando a seguir uma dieta rigorosa que segundo a doutora é hipocalórica, faz-me ganhar peso e não engordar. Tem sido uma luta difícil, isto porque cada vez que como fico mal disposta, com náuseas, o estômago parece que incha e não tenho fome nenhuma, custa-me imenso comer, mas graças ao apoio que tenho em casa, lá vou pondo colheres de comida à boca. É certo que para ingerir 2 conchas de sopa demoro 20 minutos e uma refeição completa normalmente demoro 1h, mas é melhor do que nada. Segunda a Dra. Dulce o máximo que devia demorar era: almoço e jantar - 30 minutos, restantes refeições (lanches) - 15 minutos. Mas até ao momento não tem sido fácil. De qualquer forma penso que é preferível comer tudo em mais tempo do que comer no tempo previsto, mas não ingerir tudo.
    Ficar anoréctica foi fácil, apenas foi necessário deixar de comer, curar a doença isso sim é complicado. Comer é um sacrifício e no nosso cérebro temos uma luta constante entre o anjinho e o diabinho, o primeiro diz para comermos, o segundo está sempre a dizer que estamos gordas, que devíamos deitar a comida que nos dão fora, que devíamos fazer ginástica para emagrecer, enfim, todos os dias é uma luta constante e para que o diabinho não vença. Mais uma vez necessitei de ajuda e pedi para que estivesse sempre alguém ao pé de mim quando estava a comer, pois assim não tinha a possibilidade de deitá-la fora.
    Espero que o meu testemunho ajude a compreender a doença. Estou em franca recuperação e quando chegar aos 53 kgs o homem que amo diz que casa comigo. Ando bastante animada com isso e o meu sonho é fazer uma festinha bem gira apenas para amigos e familiares próximos numa quintinha. Ah e ter fogo de artifício quando cortar o bolo dos noivos.

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  5. Carla, estás a conseguir em casa, o que eu consegui no internamento, mas era exactamente isso que fazia: comiamos sempre acompanhadas pela enfermeira e demorassemos o tempo que demorassemos (eu felizmente sempre cumpri os tempos normais), o principal era mesmo comer tudo, por mais que me custasse.. e sabes, se a drª te prescreveu algum repouso a seguir às refeiçoes, sabes que no meu caso era mt bom e um descanso sobretudo na posição de deitada pk facilitava a digestão e acalmava-me mt.. o importante nessa fase é cumrpir o plano acredita!! no meu caso nao precisava ganhar mt peso, sim mais manter, mas combinamos que o meu peso ideal seria 46k para 1,55, dada a minha idade e histiral de doença. è que o peso ideal nao tem a mesma tabela para todos os doentes como eu pensava, varia tb consoante a nossa historia e tb idade, o que sei é que é sempre um peso que nos mantem magras e saudaveis e à medida que o vais atingido a tua mente tb se vai tornando mais flexivel e menos obsessiva e hoje até vejo que foi uma descoberta maravilhosa ver como redescobrimos o prazer de comer ao vermos que afinal podemos comer de tudo, apenas saber comer..e aí ja nao é preciso recorrer à doença, sim a nós mesmas, ganhamos a nossa autonomia, a nossa liberdade e nao ha prazer maior do que esse! mas atneçao: nos primeiros tempos, eu que vinha de mts anos de anorexia bulimica, depois de passado o medo de comer, e de começar a comer normalmente, sentia é que tinha mais fome do que as outras pessoas m amigas, até namorado, mas depois falei com a drª dulce e ela explicou que era perfeitamente normal, pois, foram mts anos de fome acumulada, mas à medida que os orgaos se fossem restabelecendo e reequilibrando essa fome tb normalizaria e foi sim tudo verdade: nos 1ºs meses após sair da doença ainda contava as horas entre uma refeiçao e a outra, á espera de poder voltar a comer.. depois passou a ser tudo tão normal, era o proprio estomago que dava sinal qdo chegava a hora das refeiçoes. Mas tb ainda hoje faço por cumprir uma regra importante: comer de 3 em 3 horas, para evitar que haja risco de futuras recaidas..
    Carla, vai em frente, estás a fazer o que eu fiz e como dizes, entrar entramos sem sequer dar por isso, "sair é dificil sim mas é o dificil que nos vai levar à verdadeira felicidade", tb "ter tentaçoes é normal, dificl, mas o mais importante é resisitr a elas"..ambas frases ditas pela Drª Dulce no meu internamento que retive como "bengalas" em momentos em que ficava mais em baixo..és mt forte e por outro lado nao podias estar em melhores maos. Além do mais tens tb um apoio familiar mt importante e um incentivo entao por demais essencial que é esse Amor, que nunca devemos deixar perder mt menos para uma doença dessas.. no meu caso tb foi e é mt importante!
    bjs

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  6. Carla é so mesmo para te mandar um beijinho e dizer que para mim ja és uma referencia, porque acabei de dar o teu exemplo à Té, autora dum blog que sigo... pq a forma como estás a sair da doença, "vigiada", com a tua colaboraçao, acho que deve servir de exemplo a mtas doentes ou a todas até, pq é sinal de que te apercebeste (como eu mas so no hospital) o quao poderosa ela é, dominadora e o quao impotentes ficamos para lidar com ela e mt menos lutar contra ela sem a ajuda de uma pessoa mt especializada...é a drª dulce "funciona" assim, com regras rigidas, mas ao mesmo tempo respeitando o doente, pq se no inicio ela impoe, impoe sempre e só o que acha que é mesmo necessario para que a nossa vida deixe de estar em perigo, mas tb o que acha que vamos aguentar. Depois chega a uma altura em que tudo é combinado contigo, acordado, nada é imposto, tudo é combinado e isso faz-nos sentir confiantes e responsaveis ao mesmo tempo, querendo ser cada vez melhores..ao mesmo tempo que o teu corpo ja mais restabelecido vai libertando a tua mente e tornando-a menos obsessiva e com uma visao mais real do que é um corpo magro/gordo.
    bjs e força sempre! vais ver que no dia do casamento ainda vais sentir o prazer do que é saborear uma fatia do "teu bolo" e do "bolo da vida"!

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  7. Olá raioverde! Ontem foi mais um dia de consulta com a Dra. Dulce Bouça, já tenho 42 kgs e continuo a seguir o plano alimentar (como referiste é importante seguir os horários impostos - comer de 3 em 3h). Para que o tratamento seja mais rápido a doutora aumentou-me o consumo de hidratos de carbono (arroz, massa e batatas) assim como o consumo diário de fortimel (agora diariamente bebo 1 fortimel normal e 1 fortimel energy). A nível mental penso já estar melhor, pelo menos já não tenho tanto pavor em engordar, ainda não sinto fome, mas pelo menos consigo comer o que combinei com a Dra. Dulce. Tal como referi o meu peso ideal são 53 kgs (tenho cerca de 1,70m de altura) e sei que ainda tenho um longo caminho a percorrer, mas será feito por etapas, esta semana engordei 1 kg, para a próxima semana o objectivo é engordar mais 1kg e quando chegar aos 48 kgs vou retomar a minha vida profissional e claro quando atingir os 53 será o meu casamento :) Obrigado pelas tuas palavras de apoio. Vou dando notícias sobre a minha recuperação e fico honrada e muito contente do meu testemunho ter ajudado na recuperação de alguém com esta doença tão terrível
    Beijinhos, Carla

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  8. Carla, ola! estive sem net, mas ao voltar fiquei tao feliz ao ver que estás a dar passos firmes como a drª dulce quer.. sim o fortimel é mt bom para quem tem de ganhar peso (nao engordar, pk essa palavra nao se deve usar na nossa doeça, pois os medicos nao nos querem gordos, apenas com o "peso ideal" como ja deves saber)... e agora à medida que fores ganhando pese, e cumprindo a dieta, vais sentindo a tua auto estima melhorar a passos largos, pk te sentes cada vez mais segura e feliz por estares a conseguir manter um fisico magro mas saudavel na base do que comes e nao à custa do que nao comes..talvez ainda demore um pouqinho a sentires esta segurnaça toda, mas é para isso que a medica está lá: para nos dar a mão nesta fase em que ainda nao conseguimos andar sozinhoas, como ela dizia no internamento: "o objectivo é reaprendermos a comer e ao reerguermo-nos somos como os bebés quando começam a andar, 1º pela mao de alguem, depois meio a cambalear e por fim sozinhos"..metáfora mt interessante.
    bjs e mts parabens.. é so continuar a cumprir, mmm que por vezes surjam dias com mais duvidas, em que estamso mais ansiosas qto ao futuro, mas sao normais as duvidas, a medica está lá para dissipa-las e ajudar-nos a tranquilizar...o importante é ir sempre cumprindo!!

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